
Uma inspeção de rotina realizada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) em Gravatá, no Agreste de Pernambuco, revelou um esquema de furto de água em um condomínio localizado no bairro Jardim Petrópolis. A ação, que ocorreu nesta semana, resultou na prisão em flagrante da proprietária do imóvel.
Segundo a Compesa, o condomínio, composto por seis apartamentos, estava ligado clandestinamente à rede de distribuição desde 2017, quando o fornecimento foi suspenso por inadimplência. Durante a vistoria, os técnicos também descobriram uma ligação irregular em uma obra vizinha, pertencente à mesma dona.
Juntas, as duas ligações ilegais desviavam aproximadamente 170 metros cúbicos de água por mês — quantidade capaz de suprir o consumo de 17 residências com quatro moradores no mesmo período. A companhia calcula um prejuízo financeiro de cerca de R$ 81 mil, considerando o furto praticado ao longo de oito anos no condomínio e aproximadamente um ano na construção.

Após a constatação do crime, a Compesa acionou a polícia, que prendeu a mulher em flagrante. Ela foi conduzida à delegacia para prestar depoimento e responderá criminalmente. Além disso, foi aplicada uma multa de R$ 17 mil pelas infrações cometidas.

Com a retirada das ligações clandestinas, o abastecimento de água na área foi normalizado. A Compesa reforça que o furto de água é crime previsto nos artigos 155 e 265 do Código Penal, com penas que podem chegar a cinco anos de reclusão e multa. A companhia também alerta que práticas ilegais como essa comprometem o fornecimento de água em residências, escolas, hospitais e outros serviços essenciais. O caso seguirá sob investigação policial.